segunda, 08 outubro 2012 22:12

Reconciliação

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  RECONCILIAÇÃO

O perdão e a reconciliação são sinais de amor! Quando ferimos ou somos feridos por alguém que amamos verdadeiramente, não nos sentimos impacientes por nos reconciliarmos com ele? Não esperamos ansiosamente por ouvir dizer que nos perdoa ou, no caso de sermos nós os autores da ofensa, de lhe pedir perdão e de dizer que o amor e a confiança continuam? Até podemos estar convencidos, mesmo sem nada dizer ou sem nada fazer, que o amor entre vós permanece, mas como são reconfortantes as palavras ou os gestos de cumplicidade ou de ternura que vão confirmar o perdão!

Deus é Amor e como é de amor que se trata quando nos referimos ao perdão dos pecados, acontece o mesmo quando ferimos o Amor de Deus. É verdade que Deus nos perdoa sempre que desejamos o seu perdão; é verdade que Ele não tem necessidade de passar por um homem para nos perdoar… somos nós que temos necessidade dum gesto concreto, duma palavra pronunciada pelo ministro da Igreja que nos restaure na alegria e na confiança reencontrada. Este gesto, esta palavra, é o sacramento da reconciliação (ou da penitência, ou do perdão dos pecados, ou a confissão, segundo as palavras que se escolhem).

 

Algumas passagens bíblicas sobre o perdão de Deus

“O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados” – Jesus disse ao paralítico: “Homem, os teus pecados estão perdoados”. Os escribas e os fariseus começaram a murmurar, dizendo: “Quem é Este que diz blasfémias? Ninguém pode perdoar os pecados, senão Deus somente”. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: “(…) o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados”. (Lc 5, 20-22.24).

“Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados” – Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando aos discípulos em casa com as portas fechadas (…) soprou sobre eles, e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes ser-lhe-ão retidos” (Jo 20, 19.22-23).

“Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados” – Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele que é fiel e justo para nos purificar de toda a iniquidade (…). Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecou, temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 1, 8-9; 2,1).

“Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de se arrepender” (Lc 15, 7).

 

Como confessar os pecados?

Normalmente começa-se por preparar a confissão fazendo o exame de consciência e pensando nos pecados que cometemos. Mas é necessário, anteriormente, colocar-se diante de Deus, da Sua Palavra, lendo uma passagem da Escritura. A escuta da Palavra, revelando-nos a misericórdia de Deus, descobre e ilumina, ao mesmo tempo, o nosso próprio pecado.

Mas o exame de consciência é apenas a primeira etapa. Preparar-se para o perdão de Deus implica a contrição, isto é, reconhecer com humildade que o pecado fere a minha relação com Deus e a minha própria dignidade. É também preparar-se, com os meios que a Igreja coloca à nossa disposição, para vencer as tentações, para tomar resoluções concretas que visem a conversão, a vida nova prometida e oferecida pela Páscoa de Jesus Cristo.

Muitas vezes somos desencorajados a pedir o perdão de Deus porque nos conhecemos e sabemos que, mais tarde ou mais cedo, voltaremos a cair no mesmo pecado. É verdade que a confissão não nos garante a conversão automática, mas este sacramento coloca-nos na humildade diante de Deus que nos ama apesar da nossa fraqueza e é por isso que este encontro se torna essencial. O sacramento da reconciliação dá-nos também uma graça especial, uma força de Deus, para nos curar das nossas fraquezas e traz um impulso á nossa caminhada cristã e é por isso que, reconhecendo-nos pecadores e fracos, sentimos a paz e a alegria depois da confissão – experimentamos como Deus é misericordioso e não desiste nunca de nós.

Depois de fazer o exame de consciência, dirijo-me ao sacerdote e confesso os meus pecados. Depois, escuto com atenção e humildade os seus conselhos e exprimo o meu arrependimento e propósito de reparação rezando o Acto de Contrição. Finalmente, o sacerdote dá-me a absolvição. Saindo do confessionário, cumpro o mais brevemente possível a obra de reparação (penitência) que me foi imposta. Se se trata de alguma oração que devo rezar, faço-o antes de me retirar da Igreja.

 

Como fazer o exame de consciência?

Existe muitas propostas, aqui está uma dela:

Exame de consciência

I – Há quanto tempo me confessei?

Disse ao confessor todos os meus pecados graves, ou deixei por dizer algum de que me lembrava, por medo ou vergonha?

II – Examino o cumprimento das minhas obrigações para com Deus.

Faltei à Missa algum Domingo ou Dia Santo de guarda por culpa própria? Quantas vezes? Deixei algum dia de rezar? Recebi algum sacramento sem estar na graça de Deus?

Alguma vez neguei a fé verdadeira, chegando a afirmar-me ateu ou agnóstico? Tive vergonha de manifestar a minha fé? Se alguma omissão me parece mais grave, contá-la-ei ao sacerdote.

Pratiquei ou aconselhei algum acto de superstição, de bruxaria, ou outras práticas não aconselhadas pela Igreja? Assisti a alguma reunião de espiritismo, culto de seitas, ou outras manifestações de falsas religiões, procurando noutro lugar a salvação que só Jesus Cristo pode dar através da Santa Igreja e dos Sacramentos? Cheguei a considerar-me membro de outra comunidade, cristã ou não cristã, cometendo assim o pecado de cisma, heresia ou apostasia?

Procurei aprofundar a minha pertença à Igreja, participando das actividades paroquiais ou de algum movimento de obra apostólica? Procurei a formação cristã e a catequese adequada à minha idade e formação? Ou pelo contrário tenho-me afastado da vida da comunidade cristã, vivendo a minha religião de uma forma individualista, sem me preocupar com o crescimento da minha fé cristã?

Contribui para as necessidades da Igreja com as esmolas justas e possíveis? Cumpri as minhas promessas e votos? Guardei o jejum e a abstinência prescritos pela Igreja?

III – Faltei à justiça ou à caridade com o próximo?

Como filho, cumpri os meus deveres de amor, respeito, gratidão e obediência justa para com os meus pais, e sendo necessário, de ajuda e amparo? Como marido ou esposa, guardei a fidelidade no matrimónio e cumpri com as minhas obrigações de ajuda mútua, diálogo e partilha de vida do casamento? Como pai ou mãe, educo ou eduquei os filhos com amor e firmeza na obediência à lei de Deus e na pertença à Igreja? Respeitei os superiores, temporais e espirituais?

Cometi alguma falta contra os direitos sagrados da vida: homicídio, aborto, eutanásia, violência contra os outros, suicídio tentado ou planeado, uso de drogas, abuso de álcool, condução imprudente, riscos desnecessários e excessos tomados por aventurismo ou fanfarronice, ou qualquer acção que represente a violação do quinto mandamento da Lei de Deus?

Guardei a castidade? Consenti em maus pensamentos? Participei em conversas indecentes? Pratiquei alguma acção grave contra a castidade (masturbação, relações sexuais fora do casamento, leitura, audição ou visionamento de material pornográfico, práticas homossexuais)? No namoro, tenho pedido a ajuda da graça de Deus para levar por diante um relacionamento puro? No casamento, peço a ajuda da graça de Deus para ser fiel e obediente aos ensinamentos da Igreja sobre a regulação dos nascimentos?

Apropriei-me indevidamente de algo que não me pertence? Fui cumpridor no pagamento das dívidas? Devolvi as coisas emprestadas, ferramentas, utensílios, roupas, livros, etc.? trato de maneira honesta e responsável a questão dos meus impostos? Danifiquei com culpa ou tratei com desleixo os bens alheios ou comuns? Tenho sido cumpridor dos meus deveres profissionais, trabalhando esforçadamente e obedecendo às indicações legítimas dos meus superiores? Se sou dador de trabalho ou dirigente, tenho sido justo com os meus subordinados, tratando-os com respeito e pagando-lhes o justo salário? Como estudante, cumpro as minhas obrigações, estudando com afinco e prestando provas com honestidade ou tenho “cabulado”?

Falei sempre a verdade? Prestei falso testemunho em juízo? Enganei os outros, prejudicando-os? Caluniei alguém? Ou, mesmo que não mentindo, disse mal de alguém sem verdadeira necessidade?

 

Qualquer cristão que deseje receber o Sacramento da Reconciliação pode vir nos horários indicados ou pedir no Acolhimento para falar com um Sacerdote:

  • Terça-feira – das 16.00 h às 17.00 h 
  • Quarta-feira - das 16.00 h às 17.00 h 
  • Sexta – feira - das 16.00 h às 17.00 h
  • Sábado  - das 10.0 h às 11.30 h 
  • Fora dos horários indicados dirija-se ao Acolhimento e será atendido, sempre que haja um sacerdote disponível.
Ler 11798 vezes Modificado em quinta, 06 junho 2013 11:45

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