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Jacinta Mariscotti

Quarta-feira, 30 Janeiro 2064por Visualizações : 7931

30 1 Jacinta MariscottiSanta Jacinta Mariscotti nasceu na província de Viterbo, próximo de Roma (Itália) a 16 de março de 1585. Era filha do príncipe Marco António Mariscotti e de Otávia Orsini e tinha parentesco com os príncipes Orsini. Santa Jacinta Mariscotti nasceu no seio duma família nobre. Foi batizada como Clarice de Mariscotti e tinha quatro irmãos (Inocência, Hortensia, Sforza e Galeazzo).

Ainda criança, Santa Jacinta Mariscotti foi entregue às religiosas franciscanas onde Inocência, sua irmã mais velha, já vivia uma vida religiosa fervorosamente, como uma santa. Os seus pais (Marco e Otávia) queriam que Jacinta vivesse a mesma vida com a irmã, mas esta nunca demonstrou a mesma vocação. Muito pelo contrário, Jacinta Mariscotti não queria saber da vida religiosa.

Jacinta era uma mulher bonita, independente e culta, mas gostava de levar uma vida fútil, cheia de vaidade e com muitos luxos. Sonhava com o casamento e não pensava numa vida religiosa. Porém Santa Jacinta Mariscotti teve um grande desgosto quando a irmã mais nova se casou com o Marquês de Capizuochi, que Jacinta queria conquistar. Tempos depois, com outro pretendente, o casamento também não aconteceu. Após estes acontecimentos, Jacinta tornou-se mais altiva, fútil e insuportável, procurando as diversões oferecidas pela alta sociedade.

Vendo a vida que a filha levava, os pais enviam Jacinta para o Mosteiro de São Bernardino de Viterbo, da Ordem Terceira de São Francisco, junto da irmã Inocência. Muito a contragosto, vestiu o hábito, trocou o nome para Jacinta e iniciou a sua experiência religiosa. Infelizmente, as suas vaidades acompanharam-na no convento e, por dez anos, Jacinta Mariscotti não foi exemplo para suas irmãs de hábito. Não respeitava o espírito de pobreza da vida religiosa, vivendo no luxo de um quarto que mandou decorar e usava belas roupas de seda. Porém, Deus havia reservado a hora certa para a conversão definitiva de Jacinta.

A mudança interior de Santa Jacinta Mariscotti começou com a notícia de que o seu pai tinha sido assassinado. Jacinta começou a questionar os valores da vida, da riqueza e dos títulos da nobreza. Depois, ao ficar gravemente doente, o capelão que servia o convento não quis atender sua confissão, recusando-se a entrar no luxuoso quarto de Jacinta, e dizendo-lhe com severidade: “O Paraíso não é feito para pessoas vãs e soberbas”. Estas palavras tocaram profundamente Jacinta, a ponto de dizer ao confessor: “Quer dizer que não há mais salvação para mim!” O capelão respondeu-lhe que a única maneira de salvar sua alma era pedindo perdão a Deus, reparando os maus exemplos que ela havia dado às companheiras e mudando de vida.

Eis então que Santa Jacinta muda de vida. Seguindo os conselhos do religioso, Jacinta Mariscotti foi até o refeitório do convento no momento em que toda a comunidade estava reunida e, sob muitas lágrimas, prostrou-se reconhecendo as suas falhas e erros em voz alta, pedindo perdão de todos os seus escândalos. As irmãs, espantadas e comovidas com seu ato de humildade, alegraram-se e prometeram unir as suas orações às dela, a fim de que tamanha graça fosse consumada.

Tempos depois e contra a sua vontade, Santa Jacinta foi eleita superiora do convento e mestra das noviças. As suas penitências severas e prolongadas orações eram sempre em favor de todos os pecadores. Sob a sua orientação, muitas pessoas, depois de convertidas, fundaram instituições religiosas, orfanatos e asilos.

Mesmo vivendo no convento, ela e as suas amigas encontraram meios de exercer a caridade. Durante uma grave epidemia que atingiu a região Santa Jacinta criou duas associações: uma para conseguir esmolas para os mendigos, convalescentes e presos; a outra para construir um hospital. A essas duas associações ela chamou de Oblatas de Maria. Estas obras da santa existem até hoje em Viterbo.

Faleceu no dia 30 de janeiro de 1640 atacada por um mal súbito.

Foi canonizada a 24 de maio de 1807 pelo Papa Pio VII.

Santa Jacinta Mariscotti rogai por nós!

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