segunda, 08 outubro 2012 22:11

Baptismo

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  BAPTISMO

 

Quando uma criança vem ao mundo, é um grande alegria para toda a família e em especial os seus pais. A criança é amada desde a sua concepção e, normalmente, a partir do anúncio da gravidez, tudo é preparado para que a vida deste novo ser seja bela e fecunda. O seu lugar no seio da família é preparado desde logo porque, em escassos meses, ela já está em casa e concentra a atenção de todos.

Os pais irão transmitir-lhe, pouco a pouco, o que julgam ser o melhor, o que lhes parece necessário à felicidade. Na verdade, os pais têm uma grande responsabilidade na transmissão dos valores fundamentais, em particular, ensinam os filhos a amar a vida e a compreender que ela não é feita somente de coisas materiais – o sacramento do Baptismo situa-se exactamente nesta perspectiva.

 

A entrada na Igreja

Não há dúvida que o primeiro passo tem uma importância fundamental. Mas o primeiro passo perde todo o seu sentido se não for acompanhado de uma longa caminhada. O Baptismo celebra a entrada na Igreja, na família dos cristãos e, por isso mesmo, é indispensável que o desejo dos pais que apresentam o seu filho ao baptismo seja sincero, de tal modo que permitam ao seu filho avançar mais longe e, tanto quanto possível, que o acompanhem. Com o auxílio dos padrinhos e da comunidade cristã, eles poderão palmilhar este caminho admirável que lhes proporcionará o encontro com o Deus vivo e verdadeiro.

 

Que pedis à Igreja para o vosso filho?

A fé, o baptismo, a vida eterna.

Baptismo quer dizer “mergulho” e por isso nós compreendemos facilmente que se trata de um compromisso, de uma iniciativa de Deus que não quer outra coisa senão o bem dos seus filhos. O baptismo não é um rito mágico; as crianças não terão mais sorte nem escaparão às contingências da existência humana pelo facto de serem baptizadas. O Baptismo é um sacramento, isto é, uma iniciativa de Deus, um projecto de Deus, que procura o acolhimento do homem para se realizar plenamente. O baptismo é como uma semente introduzida no coração do homem – se essa semente nunca for cuidada, como poderá nascer uma árvore frondosa? Como poderá dar frutos?

A Igreja, no projecto de Deus para a humanidade, é o lugar da escuta e do crescimento na fé, é a reunião dos filhos de Deus que são chamados a celebrar o louvor de Deus na Eucaristia e nos outros sacramentos. Na Igreja aprendemos a escutar o Evangelho e a realizá-lo na nossa vida e, por isso mesmo, viver na Igreja é a garantia de que essa semente do baptismo dará muito fruto e nos proporcionará a vida eterna, esse dom de Deus marcado com o selo da sua misericórdia e bondade.

 

Porquê baptizar o meu filho?

O baptismo é muitas vezes vivido como uma festa da família: celebra o nascimento de um bebé, é um acontecimento que reúne as pessoas da família e os amigos, que muitas vezes proporciona alguns reencontros. O baptismo é ocasião de dar ao seu filho um padrinho e uma madrinha que terão com ele uma relação mais íntima e exprime ainda a vontade dos pais de seguirem a tradição familiar de educar o filho, fazendo-o partilhar dos seus valores e dos seus princípios morais – no fundo, querem transmitir-lhe aquilo que receberam.

Mas o Baptismo traz-nos muito mais. Ele não é, em primeiro lugar, uma festa da família, é uma celebração eclesial que nos faz entrar na comunidade cristã, na Igreja. Esta celebração tem um significado espiritual e evangélico duma grande riqueza – o Baptismo une-nos a Cristo, faz-nos participar da sua morte e ressurreição e purifica-nos do pecado. Dá-nos o Espírito Santo que traz o Amor aos nossos corações, torna-nos plenamente filhos de Deus e faz-nos assim entrar na família de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.

O Baptismo porta da vida e do reino de Deus, é o primeiro sacramento da Nova Lei que Cristo confiou à Igreja quando disse aos apóstolos: “Ide e ensinai todos os povos, baptizando-os…” (Mt. 28, 19).

 

O Baptismo é o sacramento pelo qual os indivíduos se tornam membros do Corpo de Cristo que é a Igreja.

 

É o banho da regeneração dos filhos de Deus, que liberta de toda a culpa;

É o sacramento da fé, da adesão incondicional à pessoa de Cristo;

É o sacramento do testemunho que compromete no anúncio do Evangelho pela vida e pela palavra oportuna;

É o sacramento da comunidade de fé, de esperança e de serviço.

 

Os padrinhos de baptismo

A escolha do padrinho e da madrinha é, habitualmente, inspirada por motivo de estima ou por laços de parentesco ou amizade, independentemente da sua fé cristã.

 

O código de direito canónico que rege a Igreja diz:

Cânone 872 – Dê-se, quanto possível, ao baptizando um padrinho, cuja missão é assistir na sua iniciação cristã, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao baptismo a criança a baptizar e esforçar-se por que o baptizado viva uma vida cristã consentânea com o baptismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes.

Cânone 873 – Haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho e uma madrinha.

Cânone 874 - §1. Para alguém poder assumir o múnus de padrinho requer-se que:

1.º seja designado pelo próprio baptizando ou pelos seus pais ou por quem faz as vezes destes ou, na falta deles, pelo pároco ou ministro, e possua aptidão e intenção de desempenhar este múnus;

2.º tenha completado dezasseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou ao pároco ou ao ministro por justa causa pareça dever admitir-se excepção;

3.º seja católico, confirmado e já tenha recebido a santíssima Eucaristia, e leve uma vida consentânea com a fé e o múnus que vai desempenhar;

4.º não seja abrangido por nenhuma pena canónica legitimamente aplicada ou declarada;

5.º não seja o pai ou a mãe do baptizando.

§2. O baptizado pertencente a uma comunidade eclesial não católica (protestantes ou ortodoxos) só se admita juntamente com um padrinho católico e apenas como testemunha do baptismo.

 

Como proceder para pedir o baptismo?

 

CRIANÇAS até à idade de 4 anos (incluídos)

Para a realização do Baptismo de bebés, os pais devem dirigir-se ao acolhimento paroquial para a marcação de uma reunião com pároco, na qual serão fixados:

- O dia do Baptismo

- Uma reunião de Pais e Padrinhos. Nesta reunião será entregue o pedido de baptismo e o compromisso de educação cristã que deverá ser assinado pelos Pais.

Os Pais deverão apresentar:

- Cópia do assento de nascimento da criança

- Cópia do Bilhete de Identidade dos Pais e Padrinhos.

Os padrinhos deverão apresentar uma certidão de baptismo, e se não residem na freguesia de Almancil deverão também apresentar uma atestação de idoneidade a pedir na paróquia de residência.

 

CRIANÇAS a partir dos 7 anos.

As crianças em idade escolar, são preparadas através da catequese.

Os padrinhos deverão apresentar os mesmos documentos previstos para os baptismos de bebés.

 

ADULTOS

Quando um adulto desejar receber o baptismo, deve contactar a Equipa de catequese de Adultos para iniciar um tempo de preparação.

 

Como decorre a celebração do Baptismo?

1. Acolhimento – a celebração começa com o acolhimento do celebrante aos pais e padrinhos, através de um diálogo com eles sobre o nome escolhido para a criança e sobre a vontade de baptizar o seu filho. Depois, todos eles fazem o sinal da cruz na fronte da criança.

2. Liturgia da Palavra – em primeiro lugar, proclama-se a Palavra de Deus para avivar a fé nos pais, padrinhos e demais familiares.

3. Celebração do Sacramento – em primeiro lugar, com as Ladainhas, pedimos a intercessão da Virgem Maria e dos Santos para aquela criança e terminamos com uma oração que pede a Deus que afaste a criança do mal e do pecado. Depois os padrinhos renunciam ao mal e professam a fé comprometendo-se a educar a criança na vida cristã. E eis que chegamos ao momento central: o celebrante abençoa a água e derrama-a na cabeça da criança (ou mergulha-a na piscina baptismal), significando assim o seu nascimento para a nova vida, a vida de Cristo ressuscitado. A seguir, unge a criança com o santo crisma, o azeite perfumado e consagrado pelo Bispo que significa como a vida nova de Jesus Cristo a deve impregnar totalmente, para que viva sempre como ele viveu. E, finalmente a entrega da vela acesa aos pais e padrinhos, que simboliza a luz de Cristo presente nas nossas vidas.

4. Conclusão – concluídos os ritos baptismais, todos juntos recitam o Pai Nosso, a oração que nos identifica como cristãos, onde nos reconhecemos como filhos de Deus ao chamar-lhe Pai. A celebração termina com a bênção da mãe, que leva o seu filho ao colo, do pai e de todos os presentes.

Ler 12718 vezes Modificado em quinta, 06 junho 2013 11:36
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