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Beata Maria dos Anjos

Segunda-feira, 16 Dezembro 2030por Visualizações : 3675

16 12 Beata Maria dos Anjos

Beata Maria dos Anjos nasceu em Turim (Itália) a 7 de Janeiro de 1661 e faleceu a 16 de Dezembro de 1717. Era filha do Conde João Donato Fontanella e de Maria Tana de Santena, parente da mãe exemplar de São Luís de Gonzaga (http://www.paroquia-almancil.pt/utilidades/vida-dos-santos/icalrepeat.detail/2017/06/21/47856/-/s%C3%A3o-lu%C3%ADs-gonzaga.html) , dos Condes de Chieri. Beata Maria dos Anjos tinha 10 irmãos, sendo a filha mais nova do casal. Foi baptizada com 4 dias na igreja paroquial de São Simão e São Judas em Turim, com o nome Mariana Fontanella e recebeu dos seus pais uma boa educação religiosa. Beata Maria dos Anjos era devota de Nossa Senhora e de São José.

Beata Maria dos Anjos cresceu tendo diante dos olhos e no coração São Luís Gonzaga como modelo e intercessor. A Beata Maria dos Anjos imitava São Luís Gonzaga na fé, na caridade, na ilibada pureza, na dedicação a Jesus. Fez a primeira comunhão a 15 de Agosto de 1672, recebendo Jesus Sacramentado das mãos do primeiro pároco da freguesia, Pe. Emílio Malliano.

Ainda criança, Beata Maria dos Anjos encontrou no sótão um crucifixo sem braços e imediatamente jogou fora a sua boneca e substituiu-a por Cristo na cruz, que a partir de então se tornou o objeto das suas efusões de carinho.

O Pe. Malliano guiava-a habilmente numa vida de oração intensa, moderou os seus desejos de penitência e ensinou-a gradualmente a temer-se a si mesma e a separar-se das frivolidades da vida da sociedade.

Em 1673 Beata Maria dos Anjos entrou como pensionista no Mosteiro das Clarissas de Santa Maria da Estrela, em Rifreddo de Saluzzo, ali permanecendo um ano e meio, voltando para junto da família a 5 de Janeiro de 1675.

Quando a Beata Maria dos Anjos tinha 14 anos, ficou órfã de pai ficando a administração da família nas mãos do irmão mais velho da Beata. João Baptista, irmão mais velho da Beata Maria dos Anjos, pediu-lhe que cuidasse da direção da casa. Apesar de muito jovem, ela mostrou grande equilíbrio, sabedoria, prudência, delicadeza e perspicácia.

Cada vez mais atraída por Jesus Crucificado, Beata Maria dos Anjos quis dar-lhe toda a sua vida. Falou com a mãe, que lhe propôs um bom casamento. Mariana (Beata Maria dos Anjos) respondeu que o seu coração agora pertencia somente a Deus e que não se envolveria com qualquer criatura tão nobre e boa que pudesse ser. A mãe acabou por aceitar a vocação da filha, e iniciou conversações com as cistercienses de Saluzzo para que a aceitassem no mosteiro, onde já era monja professa outra irmã de Mariana, Clara Cecília.

Por volta do ano de 1675, ocorreu em Turim uma exposição do Santo Sudário. Beata Maria dos Anjos foi venerá-lo e encontrou um velho carmelita descalço que percebendo a sua vocação lhe falou sobre as carmelitas do Carmelo de Santa Cristina. Mariana escutou-o com interesse e compreendeu que era para ali que o Senhor a chamava. De volta a casa, declarou a todos que se faria carmelita e nessa mesma noite escreveu ao convento de Saluzzo para anunciar a sua decisão.    

Beata Maria dos Anjos ingressou no Carmelo de Santa Cristina no dia 19 de Novembro de 1676. A 26 de Dezembro de 1677, fez a sua profissão religiosa. A Irmã Maria dos Anjos prestava um generoso serviço à comunidade, mostrando sempre uma dedicação exemplar. Sofreu de provações interiores, acompanhado por graças místicas extraordinárias que duraram cerca de quatorze anos.

No fim de 1691 cessaram as dolorosas provações interiores e Beata Maria dos Anjos adquiriu um perfeito equilíbrio interior que brilha em todo o seu comportamento. Os superiores confiaram-lhe a educação das noviças, embora tivesse apenas 30 anos.

Em 1694, após pedirem, sem o seu conhecimento, dispensa à Santa Sé, elegeram-na Priora.

As graças místicas das quais era depositária vão-se tornando cada vez mais sublimes e são demasiado evidentes para permanecerem escondidas. A fama da sua santidade espalhou-se pela cidade, suscitando grande interesse em torno de sua pessoa. Algumas curas milagrosas atribuídas à sua intercessão faziam chover mais e mais pedidos de orações no mosteiro.

Beata Maria dos Anjos deseja fundar um novo Carmelo que pudesse acolher as jovens que não podiam ser recebidas em Santa Cristina por falta de espaço e inicia negociações com os superiores. A 16 de Setembro de 1703, vencendo múltiplas dificuldades, o Carmelo de Moncalieri foi solenemente inaugurado na presença da Madre Maria dos Anjos; ao mosteiro foi dado o nome de São José. Por outro lado, a família Saboia fazia pressão sobre os seus superiores religiosos para impedir que a Madre deixasse Turim.

Partiram de Santa Catarina três irmãs, uma das quais, a Madre Maria Vitória da Santíssima Anunciada, ocuparia o cargo de Priora com o título de “vigária”, para significar que a verdadeira priora do mosteiro era a Madre Maria dos Anjos. Desde Turim, Beata Maria dos Anjos continuou a prover as freiras de Moncalieri do necessário, cuidando da formação espiritual destas através de correspondência, velando com coração de mãe pelo bom funcionamento da comunidade.

Faleceu a 16 de Dezembro de 1717 no Mosteiro de Santa Cristina.     

Foi beatificada pelo Papa Pio IX a 25 de Abril de 1865.

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