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São Luís Maria Grignion de Montfort

Terça-feira, 28 Abril 2020por Visualizações : 9518

28Abr S. Luis de MontfortSão Luís Maria Grignion de Montfort nasceu a 31 de janeiro de 1673, em Montfort (hoje Montfort-sur-Meu, França) e faleceu a 28 de abril de 1716 em Saint-Laurent-sur-Sèvre (França). São Luís Maria Grignion de Montfort era filho de João Batista Grignion de Bachelleraie e de Joanna Visuelle de Chesnais. São Luís Maria Grignion de Montfort era o filho mais velho de uma família numerosa. Teve, ao todo 17 irmãos, dos quais um padre, um irmão dominicano, uma irmã beneditina e uma irmã sacramentina. O Santo foi batizado no dia seguinte ao do seu nascimento, recebendo o nome de Luís. Ao receber o Crisma, acrescentou o nome de Maria. Algum tempo depois, abandonou o nome da família e passou a se chamar Luís Maria Montfort.

Quando São Luís Maria Grignion de Montfort era criança a família instalou-se na propriedade do Bois-Marquer, em Iffendic. A velha igreja desta cidade foi o cenário das primeiras orações de São Luís Maria Grignion de Montfort e o berço de sua ardorosa devoção ao Santíssimo Sacramento. Ali São Luís Maria Grignion de Montfort fez a Primeira Comunhão e passava horas em recolhimento.

Com 11 anos São Luís Maria Grignion de Montfort ingressou no colégio jesuíta de Rennes e nele recebeu sólida formação humana e espiritual. No mesmo colégio, concluiu o curso de filosofia em 1692. Em algum momento durante estes anos, São Luís Maria Grignion de Montfort tomou conhecimento da sua vocação e chamado sacerdotal, e no final da sua escolaridade ordinária, iniciou seus estudos de filosofia e teologia, ainda em São Tomás de Aquino, em Rennes. Ouvindo as histórias de um padre local, o abade Julien Bellier, sobre a sua vida como um missionário itinerante, São Luís Maria Grignion de Montfort foi inspirado a pregar missões entre as pessoas pobres. E, sob a orientação de alguns outros sacerdotes, começou a desenvolver a sua forte devoção a Nossa Senhora.

No final de 1693 foi dada a São Luís Maria Grignion de Montfort a oportunidade de ir para Paris para estudar no renomado Seminário de São Sulpício. São Luís Maria Grignion de Montfort quis percorrer a pé os mais de 300 km que o separavam da capital francesa. Quando São Luís Maria Grignion de Montfort chegou a Paris, descobriu que o seu benfeitor não tinha fornecido dinheiro suficiente, passando a viver entre os muito pobres, mas frequentando a Universidade de Sorbonne para palestras sobre teologia. Após menos de dois anos, São Luís Maria Grignion de Montfort ficou muito doente e teve que ser hospitalizado. Todos acreditavam que São Luís Maria Grignion de Montfort morreria, de tão grave que era o seu estado, mas ele nunca duvidou da cura, pois sentia não haver chegado a sua hora. São Luís Maria Grignion de Montfort sobreviveu e quando teve alta do hospital encontrou um emprego reservado em São Sulpício, onde ingressou em julho de 1695. São Sulpício tinha sido fundado por Jean-Jacques Olier, um dos principais sacerdotes do que veio a ser conhecido como a Escola Francesa de Espiritualidade. Tendo em conta que São Luís Maria Grignion de Montfort foi nomeado como bibliotecário, o seu tempo em São Sulpício deu-lhe a oportunidade de estudar a maioria das obras disponíveis sobre espiritualidade e, em particular, sobre o lugar da Virgem Maria na vida cristã. Mais tarde isso levaria ao seu foco sobre o Santo Rosário e do seu aclamado livro "Os Segredos do Rosário".

São Luís Maria Grignion de Montfort foi ordenado sacerdote a 5 de junho de 1700 e quis celebrar sua primeira Missa na capela de Maria Santíssima, situada atrás do coro da Igreja de Saint-Sulpice. São Luís Maria Grignion de Montfort foi enviado para exercer o ministério na comunidade de eclesiásticos Saint-Clément, em Nantes, na qual se pregavam retiros anuais e conferências dominicais para o clero da região. São Luís Maria Grignion de Montfort dirigiu-se para onde o mandava a obediência, mas as suas cartas deste período mostram que ele se sentiu frustrado com a falta de oportunidade para pregar, atividade esta que considerava o motivo de sua vocação. Estudou várias opções, inclusive a de se tornar um eremita, mas a convicção de que foi chamado para "pregar missões aos pobres" aumentou.

Cinco meses depois de sua ordenação reuniu-se com Marie Louise Trichet, quando foi nomeado capelão do hospital de Poitiers. Essa reunião tornou-se o início de trinta e quatro anos de serviço aos pobres de Marie Louise e São Luís Maria Grignion de Montfort.

Frustrado com os bispos locais, em julho de 1706 São Luís Maria Grignion de Montfort decidiu fazer uma peregrinação a pé a Roma, para pedir um conselho ao Papa Clemente XI, sobre o que ele deveria fazer. Foi enviado de volta à França, com o título de missionário apostólico e a ­pedido do Santo, concedeu o Pontífice indulgência plenária a todos os que osculassem seu Crucifixo de marfim, na hora da morte, “pronunciando os nomes de Jesus e Maria com contrição dos seus pecados”. 

O bispo de La Rochelle tinha se impressionado com São Luís Maria Grignion de Montfort há algum tempo e convidou-o para abrir uma escola ali. Com a ajuda das suas seguidoras, Marie Louise Trichet e Catherine Brunet alistaram diversas pessoas. Em 1715 foi aberta uma escola e em pouco tempo tinha 400 alunos.

Em 22 de agosto de 1715, elas juntamente com Marie Valleau e Marie Régnier de La Rochelle receberam a aprovação do bispo de Champflour de La Rochelle para desempenhar a sua profissão religiosa na Congregação dos Missionários Monfortinos sob a direção de São Luís Maria Grignion de Montfort.

São Luís Maria Grignion de Montfort fundou ainda as Filhas da Sabedoria e os Irmãos de São Gabriel. Também escreveu vários livros, dos quais destaca-se o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.

São Luís Maria Grignion de Montfort morreu em 28 de abril de 1716, aos 43 anos, depois de ter realizado mais de 100 missões populares. Seu último sermão foi sobre a ternura de Jesus e a Sabedoria do Pai encarnado.

São Luís Maria Grignion de Montfort foi canonizado a 20 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII.

 

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