O que é necessário fazer para celebrar o Sacramento do Matrimónio?
Em primeiro lugar, supõe-se que os noivos saibam o que significa e que desejem casar e viver o seu casamento como vivência do Baptismo e de acordo com o que a Igreja propõe.
1. Para que tudo corra como os noivos desejam nesse dia único das suas vidas devem marcar em primeiro lugar a celebração na Igreja com a antecedência necessária.
2.Devem tratar do processo civil na Conservatória do Registo Civil, com a devida antecedência, e informar que se vão casar na Igreja.
3. Ao mesmo tempo e com um mínimo de três meses antes, devem dirigir-se à paróquia de residência para iniciar o processo Canónico. Como documentos devem levar a certidão de baptismo e certidão de nascimento. Conforme caso particular podem ser requeridos outros documentos.
4. Faz parte do processo canónico também um pequeno diálogo com o pároco ou com outro sacerdote ou diácono.
5. Na paróquia onde se realizará o casamento devem fazer chegar a certidão da Conservatória do Registo Civil autorizando o casamento civil, o Certificado que vem da Cúria diocesana do Algarve autorizando o casamento religioso e fotocopias dos documentos de identificação das testemunhas (chamados padrinhos) bem como a sua morada de residência. – As testemunhas têm que ter mais de 18 anos.
É conveniente aos noivos preparem-se para o Matrimónio Católico com uma formação específica para este Sacramento. Na Paróquia essa preparação é animada pela Equipa dos CPM – grupo de casais com uma vida de fé comprometida e com preparação adequada quer ao nível da pastoral quer das disciplinas de ciências humanas e realiza-se habitualmente em Loulé no Centro Paroquial.
O perdão e a reconciliação são sinais de amor! Quando ferimos ou somos feridos por alguém que amamos verdadeiramente, não nos sentimos impacientes por nos reconciliarmos com ele? Não esperamos ansiosamente por ouvir dizer que nos perdoa ou, no caso de sermos nós os autores da ofensa, de lhe pedir perdão e de dizer que o amor e a confiança continuam? Até podemos estar convencidos, mesmo sem nada dizer ou sem nada fazer, que o amor entre vós permanece, mas como são reconfortantes as palavras ou os gestos de cumplicidade ou de ternura que vão confirmar o perdão!
Deus é Amor e como é de amor que se trata quando nos referimos ao perdão dos pecados, acontece o mesmo quando ferimos o Amor de Deus. É verdade que Deus nos perdoa sempre que desejamos o seu perdão; é verdade que Ele não tem necessidade de passar por um homem para nos perdoar… somos nós que temos necessidade dum gesto concreto, duma palavra pronunciada pelo ministro da Igreja que nos restaure na alegria e na confiança reencontrada. Este gesto, esta palavra, é o sacramento da reconciliação (ou da penitência, ou do perdão dos pecados, ou a confissão, segundo as palavras que se escolhem).
“O Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados” – Jesus disse ao paralítico: “Homem, os teus pecados estão perdoados”. Os escribas e os fariseus começaram a murmurar, dizendo: “Quem é Este que diz blasfémias? Ninguém pode perdoar os pecados, senão Deus somente”. Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: “(…) o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados”. (Lc 5, 20-22.24).
“Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados” – Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando aos discípulos em casa com as portas fechadas (…) soprou sobre eles, e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes ser-lhe-ão retidos” (Jo 20, 19.22-23).
“Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados” – Se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele que é fiel e justo para nos purificar de toda a iniquidade (…). Filhinhos meus, escrevo-vos estas coisas para que não pequeis; mas, se alguém pecou, temos um advogado junto do Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 1, 8-9; 2,1).
“Haverá mais alegria no Céu por um só pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não precisam de se arrepender” (Lc 15, 7).
Normalmente começa-se por preparar a confissão fazendo o exame de consciência e pensando nos pecados que cometemos. Mas é necessário, anteriormente, colocar-se diante de Deus, da Sua Palavra, lendo uma passagem da Escritura. A escuta da Palavra, revelando-nos a misericórdia de Deus, descobre e ilumina, ao mesmo tempo, o nosso próprio pecado.
Mas o exame de consciência é apenas a primeira etapa. Preparar-se para o perdão de Deus implica a contrição, isto é, reconhecer com humildade que o pecado fere a minha relação com Deus e a minha própria dignidade. É também preparar-se, com os meios que a Igreja coloca à nossa disposição, para vencer as tentações, para tomar resoluções concretas que visem a conversão, a vida nova prometida e oferecida pela Páscoa de Jesus Cristo.
Muitas vezes somos desencorajados a pedir o perdão de Deus porque nos conhecemos e sabemos que, mais tarde ou mais cedo, voltaremos a cair no mesmo pecado. É verdade que a confissão não nos garante a conversão automática, mas este sacramento coloca-nos na humildade diante de Deus que nos ama apesar da nossa fraqueza e é por isso que este encontro se torna essencial. O sacramento da reconciliação dá-nos também uma graça especial, uma força de Deus, para nos curar das nossas fraquezas e traz um impulso á nossa caminhada cristã e é por isso que, reconhecendo-nos pecadores e fracos, sentimos a paz e a alegria depois da confissão – experimentamos como Deus é misericordioso e não desiste nunca de nós.
Depois de fazer o exame de consciência, dirijo-me ao sacerdote e confesso os meus pecados. Depois, escuto com atenção e humildade os seus conselhos e exprimo o meu arrependimento e propósito de reparação rezando o Acto de Contrição. Finalmente, o sacerdote dá-me a absolvição. Saindo do confessionário, cumpro o mais brevemente possível a obra de reparação (penitência) que me foi imposta. Se se trata de alguma oração que devo rezar, faço-o antes de me retirar da Igreja.
Existe muitas propostas, aqui está uma dela:
I – Há quanto tempo me confessei?
Disse ao confessor todos os meus pecados graves, ou deixei por dizer algum de que me lembrava, por medo ou vergonha?
II – Examino o cumprimento das minhas obrigações para com Deus.
Faltei à Missa algum Domingo ou Dia Santo de guarda por culpa própria? Quantas vezes? Deixei algum dia de rezar? Recebi algum sacramento sem estar na graça de Deus?
Alguma vez neguei a fé verdadeira, chegando a afirmar-me ateu ou agnóstico? Tive vergonha de manifestar a minha fé? Se alguma omissão me parece mais grave, contá-la-ei ao sacerdote.
Pratiquei ou aconselhei algum acto de superstição, de bruxaria, ou outras práticas não aconselhadas pela Igreja? Assisti a alguma reunião de espiritismo, culto de seitas, ou outras manifestações de falsas religiões, procurando noutro lugar a salvação que só Jesus Cristo pode dar através da Santa Igreja e dos Sacramentos? Cheguei a considerar-me membro de outra comunidade, cristã ou não cristã, cometendo assim o pecado de cisma, heresia ou apostasia?
Procurei aprofundar a minha pertença à Igreja, participando das actividades paroquiais ou de algum movimento de obra apostólica? Procurei a formação cristã e a catequese adequada à minha idade e formação? Ou pelo contrário tenho-me afastado da vida da comunidade cristã, vivendo a minha religião de uma forma individualista, sem me preocupar com o crescimento da minha fé cristã?
Contribui para as necessidades da Igreja com as esmolas justas e possíveis? Cumpri as minhas promessas e votos? Guardei o jejum e a abstinência prescritos pela Igreja?
III – Faltei à justiça ou à caridade com o próximo?
Como filho, cumpri os meus deveres de amor, respeito, gratidão e obediência justa para com os meus pais, e sendo necessário, de ajuda e amparo? Como marido ou esposa, guardei a fidelidade no matrimónio e cumpri com as minhas obrigações de ajuda mútua, diálogo e partilha de vida do casamento? Como pai ou mãe, educo ou eduquei os filhos com amor e firmeza na obediência à lei de Deus e na pertença à Igreja? Respeitei os superiores, temporais e espirituais?
Cometi alguma falta contra os direitos sagrados da vida: homicídio, aborto, eutanásia, violência contra os outros, suicídio tentado ou planeado, uso de drogas, abuso de álcool, condução imprudente, riscos desnecessários e excessos tomados por aventurismo ou fanfarronice, ou qualquer acção que represente a violação do quinto mandamento da Lei de Deus?
Guardei a castidade? Consenti em maus pensamentos? Participei em conversas indecentes? Pratiquei alguma acção grave contra a castidade (masturbação, relações sexuais fora do casamento, leitura, audição ou visionamento de material pornográfico, práticas homossexuais)? No namoro, tenho pedido a ajuda da graça de Deus para levar por diante um relacionamento puro? No casamento, peço a ajuda da graça de Deus para ser fiel e obediente aos ensinamentos da Igreja sobre a regulação dos nascimentos?
Apropriei-me indevidamente de algo que não me pertence? Fui cumpridor no pagamento das dívidas? Devolvi as coisas emprestadas, ferramentas, utensílios, roupas, livros, etc.? trato de maneira honesta e responsável a questão dos meus impostos? Danifiquei com culpa ou tratei com desleixo os bens alheios ou comuns? Tenho sido cumpridor dos meus deveres profissionais, trabalhando esforçadamente e obedecendo às indicações legítimas dos meus superiores? Se sou dador de trabalho ou dirigente, tenho sido justo com os meus subordinados, tratando-os com respeito e pagando-lhes o justo salário? Como estudante, cumpro as minhas obrigações, estudando com afinco e prestando provas com honestidade ou tenho “cabulado”?
Falei sempre a verdade? Prestei falso testemunho em juízo? Enganei os outros, prejudicando-os? Caluniei alguém? Ou, mesmo que não mentindo, disse mal de alguém sem verdadeira necessidade?
Qualquer cristão que deseje receber o Sacramento da Reconciliação pode vir nos horários indicados ou pedir no Acolhimento para falar com um Sacerdote:
Com a presença renovada do Espírito Santo, o sacramento da Confirmação é o sinal de Deus que mergulha o cristão na plenitude do seu mistério. É um auxílio de Deus que permite ao homem novo descobrir o seu lugar na Igreja, a ser mais fortemente testemunha do Evangelho e a entrar plenamente na missão a que o Pai o chama.
A palavra “confirmação” não significa que o baptismo precise ser confirmado, ele é definitivo. (Durante alguns tempos surgiu um equívoco que se prende com o baptismo das crianças. Dado que no baptismo seriam os pais a renunciar ao pecado e a professar a fé cristã, a confirmação seria uma tomada de posição do adolescente/jovem que agora estaria preparado para professar a fé). No latim tardio confirmare tomou o sentido atenuado de completar: este complemento do baptismo pelo rito da imposição das mãos e a unção com o santo Crisma, exprime a acção do Espírito Santo na vida do cristão e da Igreja.
O Sacramento do Crisma é recebido no decurso normal da catequese de infância e adolescência, normalmente no final do 10º ano. No caso dos adultos, é recebido após um período prévio de catecumenato, destinada exclusivamente àqueles adultos que ainda não celebraram o sacramento do Crisma e que o querem fazer. O início destas catequeses inicia-se, normalmente, em Janeiro.
Sobretudo nas pessoas mais idosas subsiste a dúvida quanto à sua confirmação. Há alguns anos a catequese não estava organizada e sistematizada como hoje, e o pároco, aquando da visita pastoral do Bispo, preparava as crianças e os jovens para este sacramento. Também há muitas confusões entre a chamada comunhão solene e o sacramento do Crisma. Por isso, a primeira coisa a fazer é contactar a paróquia onde foi baptizado e pedir para ver no assento de baptismo se está averbado o Crisma. Caso não esteja é um indício forte de que não foi crismado.
No caso de não ter sido crismado, poderá contactar os serviços da Paróquia e inscrever-se na preparação para receber este sacramento.
O que vai ser crismado, deve ser assistido por um padrinho ou madrinha, cuja tarefa é procurar que cumpra fielmente as obrigações inerentes a este Sacramento. Lembramos que não pode ser o pai ou mãe e que tem de ser crismado.
Contacte o Acolhimento Paroquial, para iniciar o processo.
EUCARISTIA
A celebração da Eucaristia é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja universal como para as comunidades locais da mesma Igreja. Com efeito, «os outros sacramentos, como todos os ministérios eclesiásticos e as obras de apostolado, estão ligados à santíssima Eucaristia e a ela se ordenam. Efetivamente, na santíssima Eucaristia está contido todo o bem espiritual da Igreja, que é o próprio Cristo, nossa Páscoa e pão vivo, que, pela sua carne vivificada e vivificadora sob a ação do Espírito Santo, dá a vida aos homens, os quais são assim convidados e levados a oferecerem-se juntamente com Ele, a si mesmos, os seus trabalhos e toda a criação».
Além disso, «a celebração da Eucaristia no sacrifício da Missa é verdadeiramente a origem e o fim do culto que à mesma Eucaristia se presta fora da Missa». De facto, Cristo nosso Senhor, que «é imolado no sacrifício da Missa quando começa a estar presente sacramentalmente como alimento espiritual dos fiéis sob as espécies do pão e do vinho», também, «depois de oferecido o sacrifício, enquanto se conserva a Eucaristia nas igrejas ou oratórios, é verdadeiro Emanuel, isto é, «Deus connosco». Com efeito, de dia e de noite Ele está no meio de nós e habita em nós «cheio de graça e de verdade».
O fim primário e primitivo da Reserva eucarística fora da Missa é a administração do Viático; os fins secundários são a distribuição da comunhão e a adoração de nosso Senhor Jesus Cristo presente no Santíssimo Sacramento.
Com efeito, a conservação das sagradas espécies para os enfermos deu origem ao louvável costume de adorar este alimento do céu que se guarda nos nossos templos. E este culto de adoração funda-se numa razão válida e segura, sobretudo porque a fé na presença real do Senhor leva naturalmente à manifestação externa e pública dessa mesma fé.
Na celebração da Missa, os modos principais da presença de Cristo na Igreja manifestam-se gradualmente: primeiro, enquanto está presente na própria comunidade dos fiéis reunidos em seu nome; depois, na sua palavra, quando na igreja se lê e se explica a Escritura; igualmente na pessoa do ministro; e por fim e de modo eminente, debaixo das espécies eucarísticas. Com efeito, no Sacramento da Eucaristia está presente, de maneira absolutamente singular, Cristo todo inteiro, Deus e homem, substancialmente e sem interrupção. Esta presença de Cristo debaixo das espécies «chama-se real por excelência, não por exclusão, como se as outras não fossem também reais».
A participação mais perfeita na celebração eucarística é a comunhão sacramental recebida dentro da Missa. Isto aparece mais claramente em razão do sinal, quando os fiéis recebem o corpo do Senhor no próprio sacrifício, depois da comunhão do sacerdote. Por isso, em qualquer celebração eucarística deve consagrar-se, de ordinário, pão recente para a comunhão dos fiéis.
Devem levar-se os fiéis a comungar na própria celebração eucarística. No entanto, até convém que os fiéis que não podem estar presentes na celebração eucarística da comunidade, se alimentem frequentemente da Eucaristia, e assim se sintam unidos não só ao sacrifício do Senhor, mas também à mesma comunidade, e apoiados pela caridade dos irmãos.
Procurem os pastores de almas que se facilite a comunhão aos enfermos e às pessoas de idade avançada, embora não estejam gravemente doentes, nem seja iminente o perigo de morte; e isto não só com frequência, mas até, na medida do possível, todos os dias, particularmente no tempo pascal.
É ao sacerdote e ao diácono que pertence, em primeiro lugar, administrar a comunhão aos fiéis que a pedirem. Convém, pois, absolutamente, que dediquem a este ministério para que foram ordenados, uma parte conveniente de tempo, segundo a necessidade dos fiéis.
Também ao acólito, devidamente instituído, enquanto ministro extraordinário, pertence distribuir a sagrada comunhão todas as vezes que faltar um presbítero ou um diácono, ou que estes estiverem impedidos pela doença, pela idade avançada ou pelo ministério pastoral, ou quando o número dos fiéis, que se aproximam da sagrada mesa, for de tal modo elevado que a celebração da Missa ou de outra acção sagrada se prolongaria demasiado.
O Bispo pode dar a faculdade de distribuir a sagrada comunhão a outros ministros extraordinários, quando parecer necessário para a utilidade pastoral dos fiéis, e não estiver disponível nenhum sacerdote, diácono ou acólito.
A Eucaristia, que actualiza continuamente o mistério pascal de Cristo entre os homens, é a fonte de toda a graça e da remissão dos pecados. Contudo, os que tencionam receber o Corpo do Senhor, para alcançarem os frutos do sacramento pascal, devem aproximar-se dele de consciência pura e com as devidas disposições de espírito.
Por isso, a Igreja preceitua «que ninguém consciente de pecado mortal, por mais que se julgue arrependido, se deve aproximar da santíssima Eucaristia sem antes ter feito a confissão sacramental».
Os que vão comungar abstenham-se de alimentos e bebidas, excepto água ou remédios, pelo espaço de ao menos uma hora antes de receberem o Sacramento.
As pessoas de idade provecta e as que padecem de alguma doença, e ainda quem as trata, podem receber a santíssima Eucaristia, mesmo que dentro da hora anterior tenham tomado alguma coisa.
Horário das Missas
Na Paróquia de Almancil, são celebradas as seguintes Missas:
Domingo
17.30 - Igreja Nossa Senhora de Fátima
Sábado
17:30 - Igreja Nossa Senhora de Fátima
Para qualquer informação, dirija-se ao acolhimento paroquial nos horários de funcionamento.
Quando uma criança vem ao mundo, é um grande alegria para toda a família e em especial os seus pais. A criança é amada desde a sua concepção e, normalmente, a partir do anúncio da gravidez, tudo é preparado para que a vida deste novo ser seja bela e fecunda. O seu lugar no seio da família é preparado desde logo porque, em escassos meses, ela já está em casa e concentra a atenção de todos.
Os pais irão transmitir-lhe, pouco a pouco, o que julgam ser o melhor, o que lhes parece necessário à felicidade. Na verdade, os pais têm uma grande responsabilidade na transmissão dos valores fundamentais, em particular, ensinam os filhos a amar a vida e a compreender que ela não é feita somente de coisas materiais – o sacramento do Baptismo situa-se exactamente nesta perspectiva.
Não há dúvida que o primeiro passo tem uma importância fundamental. Mas o primeiro passo perde todo o seu sentido se não for acompanhado de uma longa caminhada. O Baptismo celebra a entrada na Igreja, na família dos cristãos e, por isso mesmo, é indispensável que o desejo dos pais que apresentam o seu filho ao baptismo seja sincero, de tal modo que permitam ao seu filho avançar mais longe e, tanto quanto possível, que o acompanhem. Com o auxílio dos padrinhos e da comunidade cristã, eles poderão palmilhar este caminho admirável que lhes proporcionará o encontro com o Deus vivo e verdadeiro.
A fé, o baptismo, a vida eterna.
Baptismo quer dizer “mergulho” e por isso nós compreendemos facilmente que se trata de um compromisso, de uma iniciativa de Deus que não quer outra coisa senão o bem dos seus filhos. O baptismo não é um rito mágico; as crianças não terão mais sorte nem escaparão às contingências da existência humana pelo facto de serem baptizadas. O Baptismo é um sacramento, isto é, uma iniciativa de Deus, um projecto de Deus, que procura o acolhimento do homem para se realizar plenamente. O baptismo é como uma semente introduzida no coração do homem – se essa semente nunca for cuidada, como poderá nascer uma árvore frondosa? Como poderá dar frutos?
A Igreja, no projecto de Deus para a humanidade, é o lugar da escuta e do crescimento na fé, é a reunião dos filhos de Deus que são chamados a celebrar o louvor de Deus na Eucaristia e nos outros sacramentos. Na Igreja aprendemos a escutar o Evangelho e a realizá-lo na nossa vida e, por isso mesmo, viver na Igreja é a garantia de que essa semente do baptismo dará muito fruto e nos proporcionará a vida eterna, esse dom de Deus marcado com o selo da sua misericórdia e bondade.
O baptismo é muitas vezes vivido como uma festa da família: celebra o nascimento de um bebé, é um acontecimento que reúne as pessoas da família e os amigos, que muitas vezes proporciona alguns reencontros. O baptismo é ocasião de dar ao seu filho um padrinho e uma madrinha que terão com ele uma relação mais íntima e exprime ainda a vontade dos pais de seguirem a tradição familiar de educar o filho, fazendo-o partilhar dos seus valores e dos seus princípios morais – no fundo, querem transmitir-lhe aquilo que receberam.
Mas o Baptismo traz-nos muito mais. Ele não é, em primeiro lugar, uma festa da família, é uma celebração eclesial que nos faz entrar na comunidade cristã, na Igreja. Esta celebração tem um significado espiritual e evangélico duma grande riqueza – o Baptismo une-nos a Cristo, faz-nos participar da sua morte e ressurreição e purifica-nos do pecado. Dá-nos o Espírito Santo que traz o Amor aos nossos corações, torna-nos plenamente filhos de Deus e faz-nos assim entrar na família de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo.
O Baptismo porta da vida e do reino de Deus, é o primeiro sacramento da Nova Lei que Cristo confiou à Igreja quando disse aos apóstolos: “Ide e ensinai todos os povos, baptizando-os…” (Mt. 28, 19).
O Baptismo é o sacramento pelo qual os indivíduos se tornam membros do Corpo de Cristo que é a Igreja.
É o banho da regeneração dos filhos de Deus, que liberta de toda a culpa;
É o sacramento da fé, da adesão incondicional à pessoa de Cristo;
É o sacramento do testemunho que compromete no anúncio do Evangelho pela vida e pela palavra oportuna;
É o sacramento da comunidade de fé, de esperança e de serviço.
A escolha do padrinho e da madrinha é, habitualmente, inspirada por motivo de estima ou por laços de parentesco ou amizade, independentemente da sua fé cristã.
O código de direito canónico que rege a Igreja diz:
Cânone 872 – Dê-se, quanto possível, ao baptizando um padrinho, cuja missão é assistir na sua iniciação cristã, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao baptismo a criança a baptizar e esforçar-se por que o baptizado viva uma vida cristã consentânea com o baptismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes.
Cânone 873 – Haja um só padrinho ou uma só madrinha, ou então um padrinho e uma madrinha.
Cânone 874 - §1. Para alguém poder assumir o múnus de padrinho requer-se que:
1.º seja designado pelo próprio baptizando ou pelos seus pais ou por quem faz as vezes destes ou, na falta deles, pelo pároco ou ministro, e possua aptidão e intenção de desempenhar este múnus;
2.º tenha completado dezasseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou ao pároco ou ao ministro por justa causa pareça dever admitir-se excepção;
3.º seja católico, confirmado e já tenha recebido a santíssima Eucaristia, e leve uma vida consentânea com a fé e o múnus que vai desempenhar;
4.º não seja abrangido por nenhuma pena canónica legitimamente aplicada ou declarada;
5.º não seja o pai ou a mãe do baptizando.
§2. O baptizado pertencente a uma comunidade eclesial não católica (protestantes ou ortodoxos) só se admita juntamente com um padrinho católico e apenas como testemunha do baptismo.
CRIANÇAS até à idade de 4 anos (incluídos)
Para a realização do Baptismo de bebés, os pais devem dirigir-se ao acolhimento paroquial para a marcação de uma reunião com pároco, na qual serão fixados:
- O dia do Baptismo
- Uma reunião de Pais e Padrinhos. Nesta reunião será entregue o pedido de baptismo e o compromisso de educação cristã que deverá ser assinado pelos Pais.
Os Pais deverão apresentar:
- Cópia do assento de nascimento da criança
- Cópia do Bilhete de Identidade dos Pais e Padrinhos.
Os padrinhos deverão apresentar uma certidão de baptismo, e se não residem na freguesia de Almancil deverão também apresentar uma atestação de idoneidade a pedir na paróquia de residência.
CRIANÇAS a partir dos 7 anos.
As crianças em idade escolar, são preparadas através da catequese.
Os padrinhos deverão apresentar os mesmos documentos previstos para os baptismos de bebés.
ADULTOS
Quando um adulto desejar receber o baptismo, deve contactar a Equipa de catequese de Adultos para iniciar um tempo de preparação.
1. Acolhimento – a celebração começa com o acolhimento do celebrante aos pais e padrinhos, através de um diálogo com eles sobre o nome escolhido para a criança e sobre a vontade de baptizar o seu filho. Depois, todos eles fazem o sinal da cruz na fronte da criança.
2. Liturgia da Palavra – em primeiro lugar, proclama-se a Palavra de Deus para avivar a fé nos pais, padrinhos e demais familiares.
3. Celebração do Sacramento – em primeiro lugar, com as Ladainhas, pedimos a intercessão da Virgem Maria e dos Santos para aquela criança e terminamos com uma oração que pede a Deus que afaste a criança do mal e do pecado. Depois os padrinhos renunciam ao mal e professam a fé comprometendo-se a educar a criança na vida cristã. E eis que chegamos ao momento central: o celebrante abençoa a água e derrama-a na cabeça da criança (ou mergulha-a na piscina baptismal), significando assim o seu nascimento para a nova vida, a vida de Cristo ressuscitado. A seguir, unge a criança com o santo crisma, o azeite perfumado e consagrado pelo Bispo que significa como a vida nova de Jesus Cristo a deve impregnar totalmente, para que viva sempre como ele viveu. E, finalmente a entrega da vela acesa aos pais e padrinhos, que simboliza a luz de Cristo presente nas nossas vidas.
4. Conclusão – concluídos os ritos baptismais, todos juntos recitam o Pai Nosso, a oração que nos identifica como cristãos, onde nos reconhecemos como filhos de Deus ao chamar-lhe Pai. A celebração termina com a bênção da mãe, que leva o seu filho ao colo, do pai e de todos os presentes.
Santa Maria no Sábado – MF S. Clemente I, papa e mártir – MF S. Columbano, abade – MF Verde, verm. ou br. – Ofício à escolha. Missa à escolha. L 1 Ap 11, 4-12; Sl 143 (144), 1. 2. 9-10 Ev Lc 20, 27-40 * Na Diocese de Beja – Aniversário da Ordenação episcopal de D. José João dos Santos Marcos (2014). * Na Ordem de Cister – S. Columbano, eremita – MF * Na Companhia de Jesus – B. Miguel Agostinho Pró, presbítero e mártir – MF * I Vésp. de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Sáb. Nov. 23 Alexander Nevsky |
Sáb. Nov. 23 Miguel Augustin Pro |
Sáb. Nov. 23 São Clemente I |
Dom. Nov. 24 Santos Inácio Delgado; Vicente Liem; Domingos Na-Kham e Companheiros Mártires |
Dom. Nov. 24 São André Dung-Lac, presbítero e Companheiros |
Dom. Nov. 24 São Columbano |
A campanha de preparação para o Natal deste ano da Diocese do Algarve, desenvolvida para a catequese, propõe uma reflexão a partir do logótipo do Jubileu 2025 que terá continuidade no tempo da Quaresma. Intitulada “Peregrinos da Esperança, não deixemos que nos roubem a Esperança”, a iniciativa de preparação para a vivência do Natal irá […]
As paróquias de Santa Maria e de São Sebastião de Lagos, do Barão de São Miguel, de Bensafrim e da Luz de Lagos inauguraram no passado domingo, 17 de novembro, em que a Igreja assinalou o VIII Dia Mundial dos Pobres, a ‘Casa Padre Almeida’ que irá dar suporte à pastoral sóciocaritativa levada a cabo […]
O bispo do Algarve visitou no último fim de semana de 16 e 17 de novembro as paróquias de Cacela e de Vila Real de Santo António. O programa da visita pastoral, que realizou acompanhado do diácono Bruno Valente, era para ter sido iniciado no sábado de manhã, mas foi alterado devido ao funeral do […]
Pode visitar a Igreja de S. Lourenço nos seguintes horários
De 15 de Abril a 15 de Outubro (Horário de Verão)
Segunda-feira: 15h00 - 18h00
Terça-feira a Sábado: 10h00 - 13h00 e 15h00 - 18h00
De 16 de Outubro a 14 de Abril (Horário de Inverno)
Segunda-feira: 15h00 - 17h00
Terça-feira a Sábado: 10h00 - 13h00 e 15h00 - 17h00
Ao Domingo encontra-se encerrada para visitas.
Entradas pagas