BEGIN:VCALENDAR VERSION:2.0 PRODID:-//jEvents 2.0 for Joomla//EN CALSCALE:GREGORIAN METHOD:PUBLISH BEGIN:VTIMEZONE TZID:Europe/Lisbon BEGIN:STANDARD DTSTART:20201130T000000 RDATE:20210328T020000 TZOFFSETFROM:+0100 TZOFFSETTO:+0000 TZNAME:Europe/Lisbon WET END:STANDARD END:VTIMEZONE BEGIN:VEVENT UID:4bc931be6bd740baa1d8eea08920b5d6 CATEGORIES:Santos SUMMARY:Santos Edmundo Campion e Roberto Southwel e Companheiros DESCRIPTION;ENCODING=QUOTED-PRINTABLE:
Santo Edmundo Campion nasceu a 25 de Janeiro de 1540 e fal
eceu a 1 de Dezembro de 1581. Filho de pais abastados, Edmundo Campion era
dotado de inteligência ímpar e demonstrava grande facilidade para o estudo
das letras. Com apenas 13 anos, foi escolhido para fazer, em latim, o discu
rso de boas-vindas à Rainha Maria I, quando esta entrou solenemente em Lond
res, em 1553. O à-vontade e a vivacidade de Edmundo Campion cativaram os pr
esentes. Entre estes estava Sir Thomas White, fundador do Colégio São João
de Oxford, que o tomou sob sua proteção e levou para essa instituição, a fi
m de educá-lo e formá-lo.
Edmundo foi brilhante nos seus estudos, co
rrespondendo às esperanças do mestre. Era sempre o orador escolhido para di
scursar nas ocasiões importantes. Como professor, destacou-se de tal forma
que alunos de outros cursos vinham assistir às suas aulas como simples ouvi
ntes. Foi nomeado proctor (chefe dos inspetores de disciplina da Universida
de). Em pouco tempo tornou-se estimado e popular entre os estudantes a pont
o de “fazer escola”: formou-se em Oxford um grupo de estudantes
denominados “os campionistas”, porque o imitavam na maneira de
falar, nos gestos, no modo de ser e até de vestir-se.
Edmundo Campi
on era um homem inteligente, cordial e corajoso, com um futuro brilhante di
ante de si, renunciou a tudo para afervorar as almas que cambaleavam na Fé
numa época de sangrentas perseguições.
Em 1534, Henrique VIII autono
meou-se Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra e declarou pena de morte a qu
em não reconhecesse essa autoridade. No ano seguinte, foram decapitados doi
s dos mais proeminentes opositores ao Ato de Supremacia: São João Fisher e
São Tomas More. Os mosteiros, conventos e confrarias foram dissolvidos. Uma
implacável perseguição começou contra os que permaneciam fiéis ao Papa.
Quase que por instinto, Campion rejeitava as reformas implantadas na e
sfera espiritual por Henrique VIII e seus sucessores. Inebriado, porém, pel
as possibilidades de uma brilhante carreira, deixou-se levar pelos aconteci
mentos e prestou o Juramento de Supremacia em 1564, reconhecendo a rainha c
omo governadora suprema da Igreja na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, re
cebeu das mãos do bispo anglicano de Gloucester a ordenação diaconal.
Entretanto, o futuro mártir Edmundo Campion dedicara-se aos estudos de fi
losofia aristotélica, de teologia natural e dos Santos Padres, e não tardou
a tomar consciência de sua falta. Profundamente perturbado pelos remorsos,
procurou um sacerdote católico, fez uma boa confissão e assumiu publicamen
te a sua condição de filho da Igreja.
Edmundo Campion tinha clara no
ção de que sua atitude o obrigaria a abandonar a carreira académica, mas nã
o hesitou em fazer esse sacrifício. Também não ignorava que, se permanecess
e na Inglaterra nessas circunstâncias, estaria exposto a grandes riscos. Po
r isso deixou Oxford e em 1569 mudou-se para Dublin.
No ano seguinte
, o Papa São Pio V promulgou a bula Regnans in Excelsis, excomungando a rai
nha Isabel I. Após esse ato pontifício, os ânimos exaltaram-se, e a situaçã
o de Edmundo tornou-se especialmente delicada. Os irlandeses viam-no com ma
us olhos, por se ter dedicado a escrever uma História desse país sob o pont
o de vista inglês; os católicos olhavam-no com suspeitas, pelo facto de ele
ter sido ordenado diácono anglicano; e os anglicanos e luteranos o detesta
vam por ser um “papista”.
Não teve outra alternativa sen
ão voltar à Inglaterra disfarçado de criado. Chegou a Londres a tempo de te
stemunhar o julgamento de um dos primeiros mártires oxfordianos: São João S
torey, executado em 1571 pela sua fidelidade a Roma. Edmundo Campion perceb
eu, que a Igreja na Inglaterra precisava de almas dispostas a uma doação to
tal, para sustentar na Fé os católicos e manter o estandarte da catolicidad
e erguido naquela terra outrora conhecida como a Ilha dos Santos.
Es
te facto despertou na alma de Santo Edmundo Campion a vocação ao sacerdócio
, com a disposição de sacrificar tudo, inclusive a vida, se preciso fosse,
em defesa da Igreja de Cristo. O martírio passou a fazer parte de suas cogi
tações e de seu futuro.
Estudou no Seminário de Douai, as disciplina
s de Teologia, Exegese e Divindade. Aí permaneceu nove anos e recebeu as or
dens menores e o subdiaconato. Mas Edmundo Campion tinha o coração sempre a
tormentado pelo Juramento de Supremacia prestado em 1564. Desconfiando de s
uas próprias forças, colocava sua confiança “n’Aquele que confo
rta”, e empenhava-se, ao mesmo tempo, em preparar sua alma na humilda
de. Almejava, para isso, uma vida de austera disciplina e obediência.
Partiu então para Roma, como peregrino, e solicitou ingresso na Companhia
de Jesus. Foi ordenado sacerdote em 1578.
Começou para Santo Edmund
o uma fase de intensas atividades de apostolado. Era constantemente chamado
para pregar e atender Confissões nas cidades próximas, e não deixava de da
r assistência aos fiéis nos hospitais e nas prisões.
Um dia, recebeu
uma carta do Cardeal Allen, comunicando-lhe que havia organizado uma incur
são de missionários na Inglaterra e que ele, padre Edmundo, fazia parte do
grupo.
Em 18 de Abril de 1580, partiu de Roma, com a bênção do Papa
Gregório XIII, uma pequena caravana de missionários, entre eles três jesuít
as: padre Robert Persons, superior, padre Edmundo Campion e o irmão Ralph E
merson. A sua missão era puramente espiritual: procurar as ovelhas perdidas
, recuperar os católicos que vacilavam ou contemporizavam sob o regime pers
ecutório, afervorar as almas fiéis. Jamais poderiam imiscuir-se em problema
s políticos, menos ainda participar de confabulações, ou mesmo simples conv
ersas, contrárias à rainha.
Foi com riscos e dificuldades que cruzar
am o Canal da Mancha e entraram disfarçados em Dover. Os católicos ingleses
, animados pela chegada dos sacerdotes, encarregaram-se de hospedá-los e da
r-lhes condições de exercer seu ministério apostólico. Puderam eles, assim,
durante mais de um ano, desempenhar suas funções sacerdotais, sempre em si
tuação de risco. Disfarces, nomes falsos, precários esconderijos, apreensõe
s nos momentos de buscas policiais, tudo isso fazia parte da rotina dos her
óicos missionários.
Santo Edmundo Campion escreveu, refugiado em Yor
k, a obra: Decem Rationes (As dez razões para ser católico), logo divulgada
por todo o país. No dia 29 de Junho de 1581, apareceram sobre os bancos da
igreja de Santa Maria de Oxford, 400 exemplares dessa obra, lá deixados po
r uma mão desconhecida…
Em resposta a essa audaciosa iniciati
va dos missionários, a rainha ofereceu uma recompensa pela sua captura dele
s, sobretudo do padre Campion. No dia 16 de Julho, foi traído por George El
iot que entrou numa casa em Lyfor Grange disfarçado entre os fiíes.<
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Os missionários foram presos e amarrados aos cavalos e cavalgando de costas
, foram conduzidos a Londres.
Iniciou-se então o julgamento de Santo
Edmundo Campion. A rainha ofereceu-lhe várias coisas (vida, a liberdade, h
onrarias e até mesmo a Diocese de Cambridge) em troca de que ele reconheces
se a supremacia espiritual da rainha no Reino da Inglaterra. Santo Edmundo
Campion recusou todas essas ofertas. Embora submetido a terríveis torturas,
o padre Campion defendeu-se de tal maneira que os acusadores não encontrav
am meios de incriminá-lo. Recorreram então ao depoimento de falsas testemun
has.
A 20 de Novembro, é decretada a sentença de morte na forca, seg
uida de estripação e esquartejamento. A sentença foi executada na manhã de
1 de Dezembro de 1581. Antes de ser enforcado Santo Edmundo Campion rezou o
Pai-Nosso e a Avé Maria, e pediu aos católicos presentes que rezassem o Cr
edo enquanto ele expirava.
< p style="text-align: justify;">Foi canonizado em 1970 pelo Papa Paulo VI, conjun tamente com 9 outros mártires da Companhia de Jesus, mortos nos Séculos XVI e XVII por professar a fé católica. DTSTAMP:20240329T023018Z DTSTART;TZID=Europe/Lisbon;VALUE=DATE:20211201 DTEND;TZID=Europe/Lisbon;VALUE=DATE:20211202 SEQUENCE:0 TRANSP:OPAQUE END:VEVENT END:VCALENDAR