Vida dos Santos

Santa Inês de Montepulciano nasceu a 28 de janeiro de 1268 em Graciano, Montepulciano (Itália) e faleceu a 20 de abril de 1317 em Montepulciano (Itália).
Santa Inês de Montepulciano era filha de uma família riquíssima chamada Segni e desde muito pequena manifestou vocação para a vida religiosa.
Algumas das mais conhecidas lendas aconteceram na sua infância, a começar pelo seu nascimento, quando a casa onde nasceu foi cercada por muitas luzes, numa altura em que ainda não havia eletricidade. Mal aprendeu a falar Santa Inês de Montepulciano ficava pelos cantos recitando orações e procurando lugares silenciosos para conversar com Deus. Ainda não tinha ainda seis anos quando manifestou aos pais a vontade de tornar-se religiosa, pois durante uma visita com sua família a Montepulciano conheceu as “freiras franciscanas do saco”, assim chamadas por causa do rústico hábito, e desejou ingressar naquele convento.
Aos nove anos os pais entregaram Santa Inês de Montepulciano aos cuidados das freiras de São Domingos. Foi necessária uma autorização do Papa para que ela fosse aceita tão jovem, uma exceção às normas do Direito Canónico. A sua formação religiosa foi entregue à experiente Irmã Margarete e Santa Inês de Montepulciano surpreendeu todos pelo seu excecional progresso.
Em 1281, o senhor do castelo de Proceno, propôs às freiras de Montepulciano que enviassem algumas irmãs até lá para que fundassem um novo mosteiro e Santa Inês de Montepulciano estava entre elas. Aos quatorze anos, foi nomeada tesoureira da nova comunidade. No dia que ela foi consagrada Abadessa, uma chuva de cruzes bancas flutuava dentro da capela e em volta das pessoas. Parecia ser uma comemoração celestial! No convento, Santa Inês de Montepulciano abraçou a vida religiosa e fez desabrochar seu espírito de santidade e sabedoria. Com apenas quinze anos, foi eleita superiora. Esta decisão foi estudada e aprovada pelo Papa Nicolau VI através dum documento oficial. E, apesar da pouca idade e de ter vivido grande parte de sua vida no convento, Santa Inês de Montepulciano demonstrou grande perceção da realidade para além dos muros do convento.
Havia na cidade de Montepulciano uma casa de prostituição frequentada por um grande número de mulheres. A partir de determinada época, Santa Inês de Montepulciano começou a dizer às freiras que, um dia, aquela casa seria transformada num convento. As irmãs não estranharam, pois já conheciam a determinação, o dom da profecia e a santidade da jovem Madre Inês. E assim aconteceu Santa Inês de Montepulciano começou a visitar as mulheres que levavam uma vida errante e apresentava-lhes o Evangelho de Jesus, mostrando-lhes um sentido novo para a vida e misericórdia de Deus. Na casa de prostituição Santa Inês de Montepulciano conheceu almas generosas, que estavam ali por ignorância, por falta de oportunidades ou pelas tragédias da vida.
Quando as prostitutas começaram a conhecer a fé, a esperança e a caridade vividas por Santa Inês de Montepulciano, a prostituição começou a perder o sentido para elas. Assim, depois de algum tempo, aquele local transformou-se num convento habitado por ex-prostitutas e tornou-se num modelo de virtude, de ordem, de amor, de oração e de fraternidade entre as irmãs. Todos reconheciam a presença de Deus agindo e recuperando pessoas que não tinham mais nenhuma esperança.

Santa Inês de Montepulciano estava convencida que a nova comunidade precisava ser ancorada numa Constituição ou Regras bem estabelecidas para obter de Roma a licença permanente. Então explicou que as Regras deveriam ser as Dominicanas. O novo convento foi aprovado e ela foi indicada como Abadessa e os Dominicanos concordaram em providenciar os capelães e as diretrizes para a nova comunidade.
Dez anos depois, a saúde de Santa Inês de Montepulciano começou a decair rapidamente e o médico sugeriu que ela procurasse um alívio nas fontes termais da cidade vizinha de Chianciano Terme. As freiras suas irmãs conseguiram convencê-la a seguir a recomendação. Apesar dos muitos relatos de curas no local, a situação de Inês não melhorou em nada nas fontes. Sua saúde piorou de tal forma que ela teve de ser carregada de volta ao mosteiro numa maca.
Santa Inês veio a falecer logo depois, a 20 de abril de 1317 no convento de Montepulciano.
Santa Inês de Montepulciano foi canonizada pelo Papa Bento XIII no ano de 1726.

Santa Inês de Montepulciano rogai por nós!