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Santa Maria Eufrásia Pelletier strong> nasceu a 31 de julho de 1796 em Noirmou tier-en-l'Île (França) e faleceu a 24 de abril de 1868 em Angers (França).< /span> Santa Maria Eufrásia Pelletier era a última de oito filhos do piedoso e caritativo médico Juliano Pelletier e de Ana Amada Mourain. Fo i batizada com o nome Rose-Virginie Pellet ier
Santa Maria Eufrásia P elletier quando criança ficava muito impressionada com a Fé profunda dos seus pais em plena Revolução Francesa. Desfrutava das belezas da sua ilha-prisão, mas o viver numa família carinhosa não ocultava o lado sério da vida: traficantes de escravos na costa, morte inesperada do pai q uando tinha 10 anos, ida para um internado fora da ilha e a perda da sua mã e quando ainda era uma jovem. Santa Maria Eufrásia Pelletier foi educada pe las Ursulinas de Chavagne, e mais tarde frequentou o Instituto da Associaçã o Cristã de Tours.
Na escola de Tours, Santa Maria Eu frásia Pelletier ouviu falar do Convento do Refúgio, pertencente a uma Cong regação que São João Eudes havia fundado em 1641, para resgatar mulheres de caídas e proteger meninas e jovens órfãs. A Congregação chamava-se Institut o de Nossa Senhora da Caridade do Refúgio ou do Bom Pastor.
A santa sentiu-se atraída pela Congregação e entrou no noviciado em
1814. A 9 de setembro de 1817, fez os quatro votos de profi
ssão de fé do Instituto, dos quais o quarto é dedicar-se co
m zelo à salvação das almas e adotou o nome de Maria de Santa Eufrásia. A
Congregação, aprovada pelo Papa Alexandre VII, no ano de 1666, tinha-se des
envolvido muito lentamente e passados mais de cem ano quando rebentou a R
evolução, contava apenas sete casas na França.As religiosas
tinham-se dispersado ou partiram para o exterior, esperando que a torment
a findasse. A casa de Tours, aquela na qual Santa Maria Eufrásia Pelletier
tinha entrado, reabriu em 1806. A comunidade era pouco numerosa e, salvo al
gumas noviças, compunha-se de religiosas prematuramente gastas pelos horror
es por que tinham passado. Foi a este corpo edificante e fraco ao mesmo tem
po, que a Irmã Maria de Santa Eufrásia trouxe o vigor da sua juventude. A d
iretora cultivava-a com um cuidado particular e por vezes deixava escapar
a sua admiração, dizendo: “Ela fará um dia grandes coisas”. Enq
uanto noviça Santa Maria Eufrásia Pelletier distinguia-se por uma grande ca
ndura e uma perfeita simplicidade aliada a uma certa madureza de juízo tã
o rara nessa idade. Especializou-se na virtude de obediência.
Santa Maria Eufrásia Pelletier compreendera o quão penoso era para muitas jovens entra r para o Refúgio, e encontrar-se diante de mestras contra as quais sentiam antipatia ou tinham preconceitos. Esforçava-se por isso em ser muito amável com as recém-chegadas, rodeando-as de atenções que mostravam às jovens q ue as respeitava apesar dos seus defeitos. Santa Maria Eufrásia Pelletier c edo aprendeu que as feridas da alma devem ser tratadas com tanta delicade za como as chagas do corpo. Nunca fazia alusão à vida passada das suas pro tegidas. E nunca falava dos seus desvarios. Pelo contrário, desejava vê-l as tratadas com essa cortesia que tem tanto poder sobre corações muitas vez es endurecidos.
E m 1825 era necessário eleger uma nova Superiora. A Irmã Maria de Santa Euf rásia contava então 29 anos de idade, onze anos, portanto menos do que era necessário para ser escolhida, segundo as regras da Ordem. Contudo foi el eita superiora por unanimidade de votos e obteve dispensa de idade pela au toridade eclesiástica.
Um dos primeiros atos de Santa Maria Eufrásia como superiora foi criar a fundação das Madalenas. Seriam estas almas reconquistadas, desejosas de consagrar a vida à oração e à penitência. Pela regra de São João Eudes não poderiam vestir o hábito branco de Nossa Senhora da Caridade. Por outro l ado, era difícil obter a sua admissão noutras comunidades. Santa Maria Eufr ásia Pelletier dirigiu-se então às Carmelitas que, com grande caridade, lh e enviaram a sua regra e o seu hábito. A nova obra foi tão singularmente a bençoada por Deus, que a fundadora teria podido dizer com toda a verdade: “As Madalenas longe de serem a minha cruz, são e serão sempre a minha bela coroa”.
Em 31 de julho de 1829 foi fundada a casa de Angers, que tomou o nome de “Convento do Bom Pastor”, e dois anos depois Madre Pelletier v eio a ser sua superiora. A fundação desta casa realizou-se à custa de invul gares sacrifícios de toda espécie.
Desde a origem do Refúgio cada casa era independente. A Rev olução e a necessidade que Santa Maria Eufrásia Pelletier impôs, de tudo re começar, oferecia ocasião favorável para modificar as constituições, e mo ldá-las às exigências e necessidades da época.
Santa Maria Eufrásia Pelletier desejava que hou vesse um Generalato (dignidade de uma ordem religiosa), como o tinham os Je suítas e as religiosas do Sagrado Coração; uma Casa-Mãe para a formação das noviças; e que se estabelecessem relações mútuas entre Angers e as casas até então por ela fundadas.
A ideia do Generalato encontrou forte oposição e foi necessário enviar o caso para Roma. As mudanças propostas pela Santa Maria Eufrásia Pe lletier foram apresentadas à assembleia dos Cardeais, que as aprovou tendo o Papa Gregório XVI mandado expedir o relativo-Breve apostólico, a 3 de abr il de 1835. No momento em que os cardeais, reunidos em Roma, votaram por un animidade o Generalato, o grande sino do Convento de Angers fez-se ouvir p or três vezes, duma maneira misteriosa sem que ninguém o tivesse tocado. E stava fundada a Ordem de Nossa Senhora do Bom Pastor, da qual se tornou a s uperiora geral até o fim da vida.
Daí em diante as casas fundadas em França multiplicaram-se d e um modo surpreendente. Ao Convento de Angers afluíram postulantes com ap tidões desejadas. O próprio nome de “Bom Pastor” — nome q ue daí para o futuro era dado a todas as fundações da Madre Pelletier, pare cia exercer uma misteriosa atração nos corações, abrasados de amor de Deus e do próximo. Já em 1838, a convite insistente do Cardeal Odescalchi fundo u-se uma casa em Roma. Santa Maria Eufrásia Pelletier fundou 111 Casas, mai s do que todos os fundadores de ordens da Igreja. Teve a grande satisfação de abrir casas na Inglaterra, na Irlanda, na Áustria.
Santa Maria Eufrásia Pelletier faleceu a 24 de abril de 1868 em Angers.
Santa Maria Eufrásia Pelletier foi canonizada a 2 de maio de 1940 pelo Papa Pio XII.
Sa nta Maria Eufrásia Pelletier rogai por nós!
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